terça-feira, 13 de novembro de 2012

Por onde andam os pássaros americanos?

No dia 19 de outubro, pequenos pássaros foram lançados à órbita terrestre pela NASA, com o auxílio de tecnologia japonesa. A JAXA (agência espacial japonesa) ajudou os americanos, criando uma estrutura específica para o lançamento, do tamanho de uma gaiola para um animal pequeno. Cada pássaro tinha sua função no projeto. O cardeal vermelho, dono de uma cor chamativa, foi lançado para ser monitorado durante a sua trajetória, de tal forma que os cientistas da NASA pudessem compreender melhor os fenômenos que interferem no rumo de um objeto no espaço; o de peito rosado, da família dos Grosbeak, conhecido por sua poderosa voz, foi escolhido para que fosse possível detectar os efeitos do som na estratosfera. Neste primeiro teste, cinco espécies foram lançadas, incluindo ainda o Pardal, a Andorinha e o Rouxinol.
Os ativistas do Greenpeace e do WWF já se manifestaram em diversas cidades dos EUA, tais como Nova Iorque, Los Angeles e Massachussets. Os manifestantes proclamam respeito aos animais e à natureza e dizem que os pássaros não foram feitos para voarem tão alto. De fato, a NASA lançou alguns objetos no espaço no último 19 de outubro. Objetos pequenos, que cabiam numa gaiola (realmente produzida pelos japoneses), que não tinham sistema de navegação, o que os deixava, de certa forma, à deriva pelo espaço, e que tinham funções específicas. Os objetos eram satélites chamados Cubesats, não pássaros. Mas o que difere um satélite, que voa errante pela órbita da terra, que convive com os olhares bondosos daqueles que o prenderam numa gaiola, que exerce uma função, pois assim o fizeram; de um pássaro, que canta, bate as asas e segue a órbita traçada por seu instinto? Para os americanos, qual é a diferença? [by David J. Cartum]

segunda-feira, 5 de novembro de 2012